Não sei se gostava de voltar atrás à infância… de viver de novo a angustia, dos vestidos rasgados em brincadeiras, quando por fim voltava a casa.
Do correr e do saltar livre, na relva da Alameda da Fonte Luminosa, sinto falta.
Como sinto falta dos amigos de brincadeiras, que ficaram para trás no quotidiano da minha diáspora.
Sinto fantasticamente, a falta dos amigos que não puderam fazer-me companhia nessas odisseias de algumas horas, por ainda não fazerem parte desses filmes.
Como seriam as nossas brincadeiras, princesa guerreira? como seria viver aquele Abril de ingénuos olhos arregalados e emocionadas com o calor das nossas palavras, reflexões, ideais e baladas de intervenção, cantadas a plenos pulmões.
Gaivotas, paz e pão, vampiros de estimação…
Praças com estátuas de febre a arder…
Sim, gostava de voltar atrás e de te levar a viver, mão na mão, aquele tempo…
quarta-feira, abril 19, 2006
No tempo em que eu brincava
Publicada por syl à(s) 11:12 da tarde
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6 comentários:
vamos...pega-me na mão e leva-me a viver este tempo que é um amanhã próximo (quem sabe até um hoje desconhecido?)...ainda sonho...vou sonhar sempre...até que a eternidade se finde
Minha querida, lá fui eu contigo. Acabei de entrar e de sair do calor da revolução sentida pela pele dos teus olhos de mar.
Beijos da cor dos cravos.
Acho que compreendi o fundamental, morte e vida são uma merda! Uma que nos espera outra que não nos liberta. Acertei? (disses-te, num Blog!)
Não!: "que le froid par ma mort se léve et prenne un sens" Bonnefoy. O enigma da subjectividade da Morte também é belo.Não?
Guilherme, Concordo contigo. Quem me conhece sabe da minha relação de enamoramento, com a morte. É uma atracção que acontece inivitávelmente pelo fascinio do desconhecido e pela certeza de que terá de ser diferente necessáriamente da vida. Só por isso deviamos todos , não temê-la mas até esperar para ver. Atenção, no entanto, esta é a minha relação com a minha morte com a dos outros, não quero conceber tal ideia.Contraditório=? Claro! como a própria vida e morte.
Embora a contradição faça parte da condição humanana, parece-me existirem dois aspectos no que dizes (e, acho eu) que convém refletir(es): - a morte e a sua subjectividade (o teu enamoramento!); a morte dos outros.
Mas então, tens duas ideias da morte: a tua e a dos outros. Questão importante: e a Ideia do Todo? o SENTIDO, qual é?
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