sexta-feira, agosto 24, 2007

MONTANHAS, VALES, RIOS



O meu lado de menina sonhadora, não resiste a esta canção.
Era tão bom que assim fosse, não era?
Será que ainda há quem acredite nisto? (digam sim, pf)


quinta-feira, agosto 23, 2007

VERDE de INVEJA


foto daqui

A inveja que já antes me assombrou voltou hoje a atacar.
Não quero adoçar a questão com eufemismos: pena, desejo, lamento, ambição…

– vai tudo dar ao mesmo: INVEJA (daquela de deixar bem verde).
Tenho cá uma inveja de quem:

* Vai para férias e volta revigorado;
* Tem energia para fazer cinquenta coisas num dia, enquanto eu me esfalfo para fazer aí umas vinte;
* Consegue todos os dias dormir as horas que eu gostaria;
* Não precisa de dormir as horas que eu necessito, para não andar meia zombie;
* Come o que quer, sem preocupação ou culpa e tem uma figurinha de meter nojo;
* Sabe sempre o que quer;
* Não perde tempo com análises e dúvidas vitais;
* É pobre de espírito, e ainda ganha o reino dos céus;
* Já leu os livros que eu ainda não consegui ler;
* Sabe escrever ou cantar, ou tocar um instrumento lindamente;
* É musa de um poema ou uma canção de amor;

Mas tanta inveja só me ataca esporadicamente, confesso. Tenho a sorte de ter um rol de coisas ainda maior que me fazem afortunada, as quais não posso partilhar, não vá atrair o mau olhado de…invejosos!!!

quarta-feira, agosto 22, 2007

MEMÓRIAS DE QUANDO NO VERÃO HAVIA CALOR...


foto aqui

Numa noite em que o céu tinha um brilho mais forte
e em que o sono parecia disposto a não vir
fui estender-me na praia sozinho ao relento
e ali longe do tempo acabei por dormir

Acordei com o toque suave de um beijo
e uma cara sardenta encheu-me o olhar
ainda meio a sonhar perguntei-lhe quem era
ela riu-se e disse baixinho: estrela do mar

Sou a estrela do mar
só a ele obedeço, só ele me conhece
só ele sabe quem sou no princípio e no fim
só a ele sou fiel e é ele quem me protege
quando alguém quer à força
ser dono de mim

Não sei se era maior o desejo ou o espanto
mas sei que por instantes deixei de pensar
uma chama invisível incendiou-me o peito
qualquer coisa impossível fez-me acreditar

Em silêncio trocámos segredos e abraços
inscrevemos no espaço um novo alfabeto
já passaram mil anos sobre o nosso encontro
mas mil anos são pouco ou nada para a estrela do mar.

Jorge Palma

porque este refrão não me saíu da cabeça durante as férias, (e sempre é melhor que aquele do "...olha a onda, olha a onda...")