terça-feira, novembro 20, 2007

DROGAS (ou toma um comprimido que diz que passa...)

"Nas patologias psiquiátricas, de um modo geral, os psicofármacos estão mais indicados, assim como outros tipos de terapia biológica, na proporção em que predominam na etiologia do transtorno em pauta, elementos mais constitucionais que ambientais.
Já que, na gênese dos transtornos emocionais, nunca se pode desatrelar totalmente o genótipo do ambiente, ou seja, emancipar as disposições pessoais das circunstâncias ocasionais, esses dois aspectos devem ser tratados conjuntam
ente."


Felizmente ainda se conseguem encontrar, a espaços, fantásticos Ansiolíticos, Antidepressivos, Antipsicóticos ou Neurolépticos, que são mais eficazes se estiverem aparentemente fora do prazo: as canções ou música em geral.





Somebody To Love
Can anybody find me somebody to love?
Each morning I get up I die a little
Can barely stand on my feet
Take a look in the mirror and cry
Lord what you're doing to me
I have spent all my years in believing you
But I just can't get no relief, Lord!
Somebody, somebody
Can anybody find me somebody to love?

I work hard every day of my life
I work till I ache my bones
At the end I take home my hard earned pay all on my own -
I get down on my knees
And I start to pray
Till the tears run down from my eyes
Lord - somebody - somebody
Can anybody find me - somebody to love?

(He works hard)

Everyday - I try and I try and I try -
But everybody wants to put me down
They say I'm goin' crazy
They say I got a lot of water in my brain
Got no common sense
I got nobody left to believe
Yeah - yeah yeah yeah

Oh Lord
Somebody - somebody
Can anybody find me somebody to love?

Got no feel, I got no rhythm
I just keep losing my beat
I'm ok, I'm alright Ain't gonna face no defeat
I just gotta get out of this prison cell
Someday I'm gonna be free, Lord!
Find me somebody to love

Can anybody find me somebody to love?


Para ti! e para quem quiser...beijo, love you!

EXAGERO

As notícias sobre a minha vida, são manifestamente exageradas!

Tenho apenas existido por aqui e por ali...

segunda-feira, outubro 15, 2007

ESQUERDA / DIREITA

Famosos, ou não, a pesquisa continua...





sexta-feira, setembro 28, 2007

NÃO SEI



Não sei bem porquê, mas só me apetecem edredons e chocolate quente.
Será do Inverno a chegar ou do coração destapado?

NA CAMA COM... (continuação)


Na senda das constatações disparatadamente inúteis, verifiquei que sempre que sou deixada sozinha na cama pelo seu outro ocupante (mesmo que por pouco tempo), a primeira coisa que faço bem acordada, meia ou mesmo a dormir (inconscientemente, portanto) é ocupar o espaço e almofada deixados vagos. A que se deverá tal facto? Questiono-me… e questiono-vos. Será porque:

a) sou a reencarnação do D. Afonso Henriques - “O Conquistador”
b) “a galinha da vizinha é mais gorda do que a minha” e se ele ressonava tão tranquilamente ali deve dormir-se bem melhor...
c) sou imensamente friorenta e ali está tãoooooo quentinho!!!
d) estou incrivelmente apaixonada e o seu cheiro atrai-me irresistivelmente…
e) todas as anteriores
f) nenhuma das anteriores, ou uma mirabolante da vossa lavra
Não deixem de votar! Já! Agora! E não deixem de me surpreender se optarem pela f)

domingo, setembro 23, 2007

SE FOSSE UM SABOR DE GELADO, QUAL SERIA?

Quando se tem imenso que fazer, e uma imensa falta de vontade... clica-se e fica-se a saber coisas sobre nós surprendentes e de uma inutilidade fantástica!

sábado, setembro 22, 2007

SEXO(S)



Uma neura a eterna picardia ou guerra de sexos, alimentadas à vez por “Marcianos” e “Venusianas”.
Que somos diferentes já todos o sabemos desde quase à nascença, para quê competir com argumentos mais ou menos científicos?
Somos meros machos e fêmeas, que à semelhança de outras espécies do reino animal, interagem, procriam, se engalfinham, se comem, se matam, lutam pelo predomínio ou se deixam dominar sem grandes polémicas nem dramas.
Mas os humanos não se resignam às leis da natureza, recorrem à força dos argumentos depois de durante tanto tempo terem recorrido aos argumentos da força.
A força física e o escárnio cedem agora lugar aos fundamentos científicos.

Estudos de carácter fisiológico e psicológico, são veículados, por vezes, displicentemente e sem grande critério, quer pelos media, quer pela comunidade cientifica vindo assim alimentar o cerne de contendas antigas.
“Ficamos todos” mais satisfeitos pela superioridade do nosso sexo, “provada” assim incontestavelmente nos estudos mais recentes.
E, quando não esgrimimos os argumentos lidos na diagonal do último best-seller, ou ouvidos no noticiário da noite, por entre garfadas de arroz, olhamos o “oposto” mais próximo, seja ele/a pai/mãe, filho/filha ou companheiro/companheira com afectada e tranquila sobranceria.

Ridículos espécimes somos, que desde sempre nos comportamos neste universo como semidivindades , correndo o risco cada vez mais presente de o/nos eliminar.
Esquecemos demasiado facilmente o valor do conhecimento empírico e continuamos a sobrevalorizar o conhecimento científico que já se revelou frequentemente exíguo, tendencioso, erróneo.

Homens, mulheres, machos, fêmeas, abstenham-se do inútil desperdício de energias e tempo, cada vez mais escassos e...
...cheirem-se, lambam-se, catem-se, mordam-se, copulem, procriem, brinquem, explorem e usufruam das vossas/nossas diferenças como se não houvesse amanhã como o fazem os nossos companheiros de habitat.
Eles é que a sabem toda!...

quarta-feira, setembro 19, 2007

NA CAMA COM...


Hoje senti pela primeira vez pena de não ter um destes blogs concorridos e participados.
Sei que só o divulgo a amigos e familiares próximos, que não sou de manobras publicitárias e o que escrevo não é de interesse público em geral, no entanto: Tenho pena!...
É que hoje dava-me mesmo jeito um públicozito mais numeroso.
Quem leu o último post (duas pessoas, que eu saiba…) descobriu a minha faceta de cientista de teorias estapafúrdias, pelo que esta minha revelação ao mundo me encorajou a divulgar uma das minhas pesquisas de anos, podendo através deste espaço recolher mais e novos dados que sustentem, ou refutem a minha tese de que:

“Na maioria dos casais a mulher dorme à direita do homem”

Então, caros leitores, lanço aqui as minhas questões:
Dos casais que conhecem, qual a predominância na posição de dormir?
Qual é a vossa explicação para o facto de um ou outro dormir de um determinado lado da cama, caso verifiquem predominância?
Nos casais homossexuais verificam alguma predominância nalgum dos elementos do casal que vos apontem para uma tendência com um padrão comum?

Eu, claro que tenho uma explicação lógica para o facto de que há uma predominância no posicionamento de mulher e homem, que revelarei a seu tempo...
Fico a aguardar a vossa participação, sem desculpas (que não sejam atestados médicos idóneos) para os não colaborantes.

quinta-feira, setembro 13, 2007

SETE

No outro dia apanhei um susto ao ver-me apanhada na corrente, sete factos casuais, quando andava a espreitar em campos de tiro visinhos (obrigadinho Naked Sniper!).
Acho que não percebi muito bem o que são factos casuais, e receio não ter amigos bloggers suficientes a quem passar testemunho, no entanto, cá vai…


1ºEu sou, de longe, a pessoa que mais me cansa, à face da terra.

2ºÉ ao volante que planifico ou revejo as minhas tarefas e trabalho, a sorte é que estou na auto-estrada em piloto automático (que sou eu…).
No trânsito, falo alto como se falasse com os outros condutores ou peões, sempre sem palavrões e com um tom muito paternalista e superior. Quando os outros condutores me olham espantados, finjo que estou a cantar.

3ºAs cuecas fio dental foram para mim uma epifania. Acabou a necessidade de remover tecido que não existe, dum sítio onde agora está tudo arrumado.

4ºSempre tive imensa vergonha do que escrevo, por isso nunca tive diários, nem escrevi poesia de adolescente, nem nada dessas baboseiras.
Devo dizer que só comecei este blog como terapia de exposição e exorcismo, prescrita por reputados terapeutas, ou seja: a minha melhor amiga obrigou-me.

5ºAdoro sotaques (excepto o de Viseu, sorry…) e regionalismos. São vivos, coloridos e sábios.

6ºAcho um desperdício o tempo que passo na casa de banho, a tomar duche, lavar os dentes, pôr cremes e tarefas afins (salvam-se os banhos de imersão e banhos acompanhada…) e não gosto de ficar por lá a ler...
Assim, aproveito para fazer várias coisas ao mesmo tempo: lavo os dentes no duche, falo ao telefone com as amigas ou mãe, enquanto lavo o espelho, arrumo a bancada dos cosméticos ou ponho creme nas pernas, arranjo as unhas sentada no trono e formulo as teorias cientificas mais cretinas, por exemplo: qual a percentagem de pessoas que entra na banheira com o pé direito, qual é a parte do corpo por onde a maioria das pessoas começa a aplicar o gel de banho ou porque parte começam as pessoas a secar-se com a toalha.

7ºUm dia uma amiga descreveu-me numa palavra como “desarmante”, e eu até achei o conceito giro, mas agora à distância receio que possa ser um eufemismo para “inconveniente”.


No espírito da coisa tenho que passar à frente o desafio, a sete bloggers, na certeza que a maioria nem vai dar por ele, nem lhe dar continuídade, porque não são gente para essas coisas... (posso sempre contar com os meus amigos!)
Estão intimados:
- a FF, também conhecida por Truta Salmonada
- a Susana C que anda distraída
-a Vanda que anda escondida
-a Alice que disse ainda muito pouco
- o José Pedro que se revela atrás de si
- o Luís que prefere a imagem para falar
-o Gui que voltou finalmente

terça-feira, setembro 11, 2007

O MEU CORAÇÃO VOLÚVEL...

LINDOOOOOOOO!


O dia em que os LOBOS substituíram os ALL BLACKS no meu coração ...

sexta-feira, agosto 24, 2007

MONTANHAS, VALES, RIOS



O meu lado de menina sonhadora, não resiste a esta canção.
Era tão bom que assim fosse, não era?
Será que ainda há quem acredite nisto? (digam sim, pf)


quinta-feira, agosto 23, 2007

VERDE de INVEJA


foto daqui

A inveja que já antes me assombrou voltou hoje a atacar.
Não quero adoçar a questão com eufemismos: pena, desejo, lamento, ambição…

– vai tudo dar ao mesmo: INVEJA (daquela de deixar bem verde).
Tenho cá uma inveja de quem:

* Vai para férias e volta revigorado;
* Tem energia para fazer cinquenta coisas num dia, enquanto eu me esfalfo para fazer aí umas vinte;
* Consegue todos os dias dormir as horas que eu gostaria;
* Não precisa de dormir as horas que eu necessito, para não andar meia zombie;
* Come o que quer, sem preocupação ou culpa e tem uma figurinha de meter nojo;
* Sabe sempre o que quer;
* Não perde tempo com análises e dúvidas vitais;
* É pobre de espírito, e ainda ganha o reino dos céus;
* Já leu os livros que eu ainda não consegui ler;
* Sabe escrever ou cantar, ou tocar um instrumento lindamente;
* É musa de um poema ou uma canção de amor;

Mas tanta inveja só me ataca esporadicamente, confesso. Tenho a sorte de ter um rol de coisas ainda maior que me fazem afortunada, as quais não posso partilhar, não vá atrair o mau olhado de…invejosos!!!

quarta-feira, agosto 22, 2007

MEMÓRIAS DE QUANDO NO VERÃO HAVIA CALOR...


foto aqui

Numa noite em que o céu tinha um brilho mais forte
e em que o sono parecia disposto a não vir
fui estender-me na praia sozinho ao relento
e ali longe do tempo acabei por dormir

Acordei com o toque suave de um beijo
e uma cara sardenta encheu-me o olhar
ainda meio a sonhar perguntei-lhe quem era
ela riu-se e disse baixinho: estrela do mar

Sou a estrela do mar
só a ele obedeço, só ele me conhece
só ele sabe quem sou no princípio e no fim
só a ele sou fiel e é ele quem me protege
quando alguém quer à força
ser dono de mim

Não sei se era maior o desejo ou o espanto
mas sei que por instantes deixei de pensar
uma chama invisível incendiou-me o peito
qualquer coisa impossível fez-me acreditar

Em silêncio trocámos segredos e abraços
inscrevemos no espaço um novo alfabeto
já passaram mil anos sobre o nosso encontro
mas mil anos são pouco ou nada para a estrela do mar.

Jorge Palma

porque este refrão não me saíu da cabeça durante as férias, (e sempre é melhor que aquele do "...olha a onda, olha a onda...")

quarta-feira, julho 25, 2007

HUISE UP???

Nunca acreditei em dar conselhos, nem mesmo como lições de vida.
Não se dão, não se pedem, conquistam-se ou apreendem-se como carga que se recolhe à beira da estrada, consoante a disponibilidade ou capacidade de cada um.
À parte de tudo isso, enjoy...

sábado, julho 14, 2007

AOS AMORES (Summer of'85)


Lord how young we were…

sexta-feira, junho 22, 2007

AOS AMORES (5)


"A woman with two faces " - Mark Chagall

Um dia chamei-lhe princesa.
Princesa guerreira.
Não sei se logo que a conheci… talvez uns minutos depois.
Delicada, suave, com porte.
A personificação das personagens de contos infantis.
Mas princesas, há muitas! Não sabiam?
Há-as afectadas e inseguras, as que são frágeis e dependentes, as conformadas e pouco esclarecidas.
As princesas que são “sapas”, as que são “melgas”, todo um reino animal de altezas reais.
Mas esta, é diferente.
Inteligente e culta, amante de poesia, música e arte: é uma princesa com “heterónimas”…
Quando o sol lhe incide no olhar de certa forma, consegue ver-se outra(s) a espreitar lá de dentro.
Quando certos odores lhe estimulam as narinas, pode transfigurar-se inesperadamente. Certos sons, provocam nela efeitos imprevistos.
Guerreira, porque sempre foi revolucionária, inconformada, lutadora, povo.
Guerreira porque é uma sobrevivente, uma vencedora, porque é uma das nossas.
Parabéns princesa V.

segunda-feira, junho 18, 2007

CHÁ E BISCOITOS


Sempre que entro no gabinete de uma colega, fico “hipnotizada” por uma folha de papel com um desenho feito pela sua filha e uma frase copiada de local desconhecido.
Não sei que filósofo a produziu, mas a sua lógica imbatível fascina-me.
Lembra-me o pragmatismo e a sabedoria que só a idade acarreta, enfim, recorda-me a minha avó, que completa hoje 96 anos, e que ainda seria capaz de dizer:

“Não faças gestos dramáticos nem solenes discursos, faz simplesmente o chá e vai buscar os biscoitos.”

segunda-feira, maio 28, 2007

DINHEIRO?

Hoje acordei estupidamente rica…
Eu, que sempre tive uma má relação com dinheiro, que não sou de “lhe” fazer contas, nem poupada.
Não sei investi-lo, e nem cobrá-lo de ninguém e não gosto sequer muito de lhe tocar, sei basicamente gastá-lo.
Esta minha incompatibilidade deixa-me por vezes frustrada e com a absoluta certeza que nunca serei rica, por mérito próprio.
Todas as ideias que já tive para “fazer” dinheiro, consistiam sobretudo em projectos criativos, desafios pessoais que uma vez testados, me satisfaziam e escusavam de ser realmente concretizados.
Isto faz de mim, no contexto actual uma nulidade, um fracasso. Paciência!
Depois há aquela conversa que tempo é dinheiro e coisa e tal, mas nem assim.
O tempo escorre-me por entre os dedos e a sensação de insatisfação, de incumprimento é asfixiante. Passam-se dias, semanas, meses e o ritmo só acelera, ao ponto de, sem exagero, temer o colapso.
Mas hoje… hoje, acordei estupidamente RICA!
Depois de semanas, dias horas e minutos, gastos em intermináveis projectos e tarefas de não fazer ganhar dinheiro, de esgotar forças, de lutar contra obstáculos à esquerda e à direita, sei que nunca vou conseguir ser boa a realizar capital, especular, investir, vender.
A não ser… investir em pessoas, vender sonhos e a realizar mirabolantes projectos. Especular com a criatividade, energia e a comoção que se encontram nas artes e nos jovens de todas as idades.
Vivi nas últimas semanas emoções profundas com parceiros que não vou esquecer, que me fizeram… RICA.
Não o vou esquecer, prometo!
Obrigada 12º H e Pequenos Cantores

domingo, abril 15, 2007

DAQUELA VEZ...

Daquela vez o amor seria diferente.
Pegou nela ao colo e mergulhou-a delicadamente na infusão de água quente e óleos essenciais.
Sentiu o seu arrepio de prazer e viu-a afundar-se no líquido fumegante.
A esponja tornou-se o seu instrumento de trabalho, esquadrinhando toda a superfície daquele corpo abandonado aos seus cuidados.
Lavou-lhe o cabelo que amava desenredar com os dedos, com o seu aroma preferido.
Cuidava dela porque a sabia exausta e carente, como um animalzito recolhido na rua em noite de tempestade.
Sentia-se cuidador e predador a um só tempo, mas hoje o amor ia ser diferente.
Enrolou-a no roupão e sentiu que ela tinha peso de anjo.
Passo-lhe óleo pela pele, como já a tinha visto fazer às crianças. Achou que o fez bem.
De volta aos lençóis, e almofadas, pousou-a e pareceu-lhe ver a “Maja Desnuda”.
Sentiu a sua excitação crescer, mas ignorou-se voluntariamente. Hoje era só ela que contava.
Ela sorria-lhe, agora mais relaxada, menos tímida. Sorria-lhe dengosa mas ainda com uma sombra de cansaço no olhar. Percebia-se que tinha lutado muito tempo lá fora, podiam perceber-se-lhe arranhões na alma.
Ele amou-a ainda mais assim, dependente dos seus cuidados.
Hoje esqueceria o quanto a desejava, e como o seu corpo reagia àquela mulher.
Aproximou-se dela começou a percorre-la determinado.
Agora ele era só mãos, nariz e língua que bisbilhotavam ao milímetro o corpo transformado em território desconhecido.
Como se fosse a primeira vez, montes e vales, desertos e florestas eram reconhecidos com minúcia pelos “batedores” que lutavam para não se perderem de amores e deslumbramento. Apenas para pensar na missão de regaste do território.
A pele eriçada, os estremecimentos involuntários, e suspiros muito ténues, apenas acicataram a sua determinação.
Batalhou pelo retesar de músculos e crispar das mãos, pela intumescência dos seios, pela rendição das coxas, pela capitulação absoluta.
Do animal indefenso, nada ia restando, havia agora uma fêmea no sua lugar, esfaimada, manhosa, exigente, puramente animalesca.
Viu-lhe lampejos de pantera no olhar, movimentos de serpente nos quadris e adivinhou-lhe intenções de louva-a-deus, no sexo.
- Não! Mostrou-lhe, imobilizando-a firmemente contra o colchão, hoje vai ser diferente!
E ela fingiu adormecer...
Fingiu não sentir a pressão das mãos dele nas suas coxas, dos seus lábios, nas suas nádegas, da sua língua no seu sexo.
Fingiu que dormia enquanto ele se fazia aluno e mestre na arte de a saborear, na tarefa de a confundir, de a consumir aos pedaços, de a chupar como caramelos, de a trincar suavemente como crosta de chocolate estaladiço.
Ela fingiu e rugiu... ronronou e capitulou...
Adormeceu de tanto tentar fingir, corpo abandonado no lençol revolto, membros dispostos em desordem, cabelos cheirosos de sexo e suor, faces rosadas da jornada.
Ele levantou-se, afastando-se da cama para a observar melhor.
Encostou-se à parede fria e sentiu num só arrepio: frio, contentamento, desejo e redenção.
Não mais se policiou.
As mãos fortes que tinham agora o cheiro dela, percorreram o caminho até ao desejo dele.
Fez por se lembrar como ela lhe tocara tantas vezes.
Sabia que eram ambos que estimulavam o seu sexo faminto.
Os seus odores misturados, o sabor dela na sua boca, a visão das curvas em abandono, a lembrança dos beijos selvagem trocados outras vezes, o vai e vem da mão que repousava no colchão mas que ele sentia quente apertado-lhe o pénis dilatado, mas sobretudo a visão dos olhos que semicerrados fingiam dormir e o sorriso que o espicaçava, para continuar, bastaram para se espraiar naquele dia em que o amor foi diferente.

NY (2) Descobertas surpreendentes

1ª Mesmo que se seja americano, supostamente meio bronco (leia-se +/ – ignorante) pode ser-se : educado, cordial, solícito, simpático, os Nova-iorquinos são-no, polícias e não só!


2ª Os “Manolo” não são absolutamente do outro mundo…

3ª Os “Cosmopolitans” são mesmo de gritos! (pelo menos de muitas gargalhadas…)

4ª Como é possível não chorar de raiva, fazer birra e bater nos circundantes quando não podemos fazer aquilo para que viajámos milhares de quilómetros: ver a cara do “Guga”… ou o tempo não chega para um dia inteirinho no MOMA e uma noite inteirinha de jazz?


5ª Não se dorme mal nas cadeiras dos musicais...

segunda-feira, abril 09, 2007

NY (1) Constatações evidentes.

1ª There’s no place like home (onde quer que ela seja…);

2ª Porque os americanos não assinaram (e jamais assinarão)Kyoto;

3ª O turismo constitui a peregrinação “religiosa” da actualidade, quer pela procura da observação/vivência do “transcendente”, quer na caça de relíquias “sagradas”, (volta Teodorico que estás perdoado…);

4ª Toda a cidade cheira a comida/ gordura/ restaurante chinês, e os hot-dogs são uma m....(volta Psicológico que estás perdoado*)

5ª O dobro das mulheres, (8) não significa o dobro do Sexo e da Cidade.

6ª Nem só os diamantes são eternos (tão eternos quanto…são: a música, a arte, o engenho do homem);


7ª Aquela coisa do limite de peso das bagagens está feita para a “malta” se meter a comprar trapos e esquecer a estúpida pretensão de comprar livros e outras “parvoíces culturais”;

...E VOLTEI!

quinta-feira, março 29, 2007

FUI!!!

quarta-feira, março 07, 2007

THESE ARE A FEW OF MY FAVOURITE THINGS:













Ser a menina do papá… fazer bricolage com ele.
Ver com ele: cinema, futebol e fórmula um.

Beijos e abraços de filho…

beijos e abraços de mãe.
Chamar aos filhos nomes de bichinhos,
ser chamada por nomes de bichinhos.
Abraços apertadinhos de amigos.

Que me beijem quando já estou a dormir,
fazer sexo de manhãzinha, à tarde ou pela madrugada.
Frutos vermelhos.

Conversar madrugada dentro,
deitar com o som dos pássaros.
Dormir sestas.

Jardins de Pedra japoneses.
O jardim suspenso do Museu das Janelas Verdes.
Paisagens graníticas ou vastas e áridas.
San Francisco e casas na praia de Malibu.

As planícies do Alentejo, na Páscoa.
Lírios e magnólias.
Braçadas de flores em jarras transparentes.

English marmalade.
Manteiga a derreter em pão quente,
cozinha de fusão, sushi e cozido à portuguesa.

Tomar banho com água quente,
ficar longos minutos...
debaixo do chuveiro, imóvel (ou quase).
Tomar banho acompanhada.

Fazer surpresas, cometer loucuras.
Conduzir sem destino em dias de sol,
chá com scones em dias de chuva.

Lingerie de renda em cores pastel,
Kimonos de seda,
Eau de Soir e Truth.

Cheiro de bebé pequeno,
de terra molhada,
de hortelã e de coentros.

O som de dedos a roçar em cordas de viola,
Violoncelos que gemem, trompetes e saxofones.

Sakamoto, Piazzolla, Godinho...
Jazz de fusão, blues, reggae e pop dos anos 80.


Estar sozinha, sem ver ninguém...
pelo menos um dia inteiro.


Sorrir a desconhecidos e crianças,
receber de volta sorrisos.

Festas de pijama,
luas descomunais,
dormir com várias almofadas.

No Inverno:
edredão de penas e sacos de água quente,
tapetes felpudos à frente da lareira,

vinho tinto ou chocolate quente e marshmallows.
sentar em cima dos pés no sofá...
e mantinhas, mantinhas, mantinhas.
Passeios em praias desertas

No Verão, bandanas e 1 biquini novo.
Água no corpo, água no copo.
A piscina Bento, no meio dos pinhais.
Ser a primeira a chegar à praia,
ou a última a partir…
Ler 1 livro em dois dias, máximo três.

Melancia e figos frescos.
Margaritas com sal.
Nadar no mar em noites quentes de luar…




sexta-feira, março 02, 2007

DEPOIS DO SILÊNCIO















É suficientemente pacífico que a vida se estrutura por ciclos ou fases, quase comuns a todos os elementos de uma mesma sociedade e realidade cultural

É também certo que são simultâneos em grupos etários semelhantes.
Esta partilha que temos com aqueles a quem chamam de “pares” e que nós chamamos amigos, poderá talvez constituir um dos elos mais fortes, de partilha, de identificação de cumplicidade.


Brincadeiras e disparates, mal de amores, o primeiro beijo, dores de crescimento, dores de cotovelo, ir acampar, a primeira vez, substâncias hilariantes, relaxantes e excitantes, faculdade, primeiro emprego, sair de casa, (não necessariamente nesta ordem), torrentes de emoções…

Depois casamentos, projectos, filhos, sarilhos, separações, divórcios, tudo previsível ou nada previsto, tudo comum.
Agora (ou antes, ou depois), os quarenta e ter de usar óculos… Agora, (ou antes, ou depois), stress e depressões…

Por estes dias, as palavras de ordem no meu círculo são: MUITO, TRABALHO, FALTA, TEMPO, INSÓNIA…
Chega a ter piada, quando entramos à vez, cada um mais atrasado, nos locais de reunião.
- Então?
- Epá, muito trabalho, falta de tempo, insónia…
Quando entra o último, já o coro repete, entre risos de “partilha e identificação”: …balho… empo… sónia!!!
Depois discutem-se métodos adoptados, científicos ou alternativos: nomes complicados de indutores de sono, vinho tinto, whisky ou sexo…, quê?? Sexo?? Tenho lá tempo??

Causas e sintomas, todos identificamos, acabando por não reflectir efectivamente nos efeitos mais particulares, em cada um, ou será em todos? Pois claro! não temos tempo…
Tempo para nós, tempo para dar, tempo para ser, fazer, pensar, criar.
No entanto, the answer lies on us, como sempre!
Imersa em trabalho, tarefas pendentes, preocupações várias, cérebro ligado a mil, na resolução de problemas, não só não me ouvia pensar, como me convenci que não pensava nada, não achava nada, não criava nada.

Desagradável esta sensação de me ter tornado num robot… operante, em vigília, incapaz de produzir criativamente.
Ser uma espécie de ser congelado, num invólucro humanóide…
De madrugada, no meio duma insónia, lutando contra as intermináveis checklists, palavras surgem e agrupam-se, criam-se esquemas, formam-se sentidos.
Da terra de Sigmund, veio a tranquilidade:

Estou cansada, mas ainda viva e pensante. VIVA!


sexta-feira, fevereiro 09, 2007

quarta-feira, fevereiro 07, 2007

EVIDÊNCIAS IDIOTAS

















Os teus beijos são como murros no estômago...
Fazem-me perder o equilíbrio.

SILÊNCIO!!! Estou Surda...

Especialmente hoje, tenho que gritar: ESTOU SURDA!

Não consigo mais ouvir e ler, não consigo mais falar.
Nem pensar, nem dormir. Nem amar e ser delicada.
O barulho é ensurdecedor!!!
Perturba-me, violenta-me.
Tento desesperadamente fugir-lhe mas não consigo. Procuro a paz no silêncio e não a consigo encontrar.
Sei que estão todos lá fora, ou cá “dentro”, por aí, não se lhes pode fugir.
Sei que o tumulto é inevitável, agora e depois. Não o consigo suportar.
Estou demasiado estrangulada para falar, alto, rápido, acaloradamente ou desbragadamente como é costume quando me apaixono e me perco.
Estou demasiado cansada para falar com propriedade, como quando inspirada.
Estou demasiado deprimida, frustrada, decepcionada, incrédula, cansada, cansada…
Pensei que já tudo era diferente. Pensei que já tanto se tinha caminhado.
Idiota, burra, ingénua, ou pior… é o que eu sou!

terça-feira, janeiro 30, 2007

Senti saudades

Juro que tentei. Mesmo! Acreditem.
Mas infelizmente nada. Andei por aí de olhos e ouvidos abertos.
Vi, li, ouvi e pensei. No entanto, nada.
O humor conseguiu fazer-me rir, a poesia e as imagens lograram comover-me.
As injustiças a intolerância e a imbecilidade não puderam deixar de me revoltar.
Visitei amigos, recebi amores, revi paixões e ódios de estimação.
Mas nada, sempre nada.
Bem… nada, talvez não. Se andei, ouvi, vi, li, pensei, ri, comovi-me, revoltei-me, visitei, recebi e revi… apenas não escrevi.
E disso senti a falta.

domingo, janeiro 14, 2007

CONSELHOS E ASSIM...

Foi-me aconselhado por uma aluna minha.
Pode constiutir um delicioso manual de instruções para a vida humana.
Obrigado pelo conselho, Catarina!