quarta-feira, abril 05, 2006

Gueixa

Não sei de onde, ou quando, surgiu a minha fantasia recorrente de ser uma gueixa. Reporto talvez, àquele período da adolescência em que se sonha ser admirada e também original, exótica e distante…
Obviamente que esta minha fantasia me dava a mim o controlo sobre as situações e….os homens. Objectivo não só de adolescente mas pulsão de mulher.
Este processo foi-se desenvolvendo a par com a minha admiração pela estética japonesa, ao conjugar o minimalismo plástico nos espaços e formas e eloquência da cor e dos desenhos.
A esta cena, acresce ainda o manancial poético dos rituais seculares e a teatralização de comportamentos e movimento em ritmos tão distantes dos ocidentais.
Num canto obscuro da minha mente, larguei todos os senãos conhecidos ao longo dos tempos, afinal, “senãos” não cabem em fantasias, definitivamente.

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