Lembro que me sentia algo como Alice, perdida entre espaços mais ou menos recônditos dentro do meu cérebro. Na maioria, o vazio.
De quando em vez, um túnel escuro e pouco apelativo.
De repente, abriu-se uma porta fechada que lembro tinha tentado ocultar de tal forma que a esquecera.
Abriu-se de uma forma urgente e autoritária, nada houve a fazer….
A curiosidade foi forte, de dentro irradiava apenas um leve clarão. Espreitei, e vi.
No centro uma amontoado de, ….de…. parecia fio ou fios, ou …cordéis!
Eram pedaços de cordel, de várias cores que quase não se distinguiam. Perto da porta estava a ponta. Cordel de mercearia, daquelas que já existiram e das quais querem agora fazer um revival tipo “pastiche”.
Peguei-lhe e puxei.
Achei engraçado. Lembrou-me qualquer coisa.
Puxei mais e vi que a ele estava atado a outro, diferente ou semelhante, não sei bem distinguir, estava atados, ou colados, ou mesmo fundidos com aquilo que me pareceu AÇÚCAR , refinado ou puro de cana. Colado com água (de lágrimas?) ou caramelizado (de temperaturas de paixões febris).
Segurei bem a ponta e levei comigo. Parece que um fio interminável me seguiu. Eu não sei. Não fiquei, nem olhei para trás.
quinta-feira, março 23, 2006
Publicada por syl à(s) 9:21 da tarde
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3 comentários:
Minha linda, estarei atenta ao percurso que farás perseguindo esse fio, esse cordel... Não foi um cordel que salvou Teseu do labirinto?
Por mim, cá estarei para te ajudar a prosseguir, sempre que precisares de companhia!
Beijos!
Acredita que eu, a Alice, ainda me encontro um pouco perdida, ou será que nem me encontro?!
Gostaria igualmente de encontrar um fio que me levasse no rumo certo, mas estou muito confusa, desanimada, cansada e sobretudo desacreditada...
Beijos, não te quero maçar.
Admiro-te
Linda, a resposta está semre dentro de nós. Por vezes só a descobrimos em situações de crise, ou então na partilha com amigos do coração.
Lembra-te que estou por aqui, e que perto de ti, há uma rede de suporte, usa-a.
Beijo, volta sempre.
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